Histórias de um amor especial
Conheça relatos apaixonantes de quem já adotou animais deficientes
A atitude de adotar um animal sem dúvida requer muita responsabilidade, agora se esse animal tiver alguma deficiência, com certeza a responsabilidade é bem maior.
Milhares de animais são abandonados no Brasil e cerca de 5% se encontram em situação de completa vulnerabilidade segundo um levantamento feito pelo Google, fora eles também existem os animais de rua que nascem doentes.
Muitas ONGs espalhadas pelo país trabalham resgatando esses animais, alguns deles tem a sorte de serem adotados por pessoas conscientes e caridosas.
Como Renny Barcelanos, de 42 anos, que ao todo tem nove gatos em sua casa sendo que oito deles possuem algum tipo de deficiência.
Ele fala sobre quando adotou seu primeiro gatinho especial o Washington: “Sempre pensei que deveria dar uma chance a um animal especial”.
O tutor também explica que Washington nasceu sem os olhos e tinha uma irmã gêmea que assim como ele nasceu cega. Logo quando deixou a instituição ele sentiu pela gatinha, voltou e a adotou também.
Depois apareceram outros, todos são gatos, a maioria cegos, com exceção do Lafayette e a Olga que são deficientes renais e Guerrilla que sofre de uma deficiência em sua patinha.
Guillotine e Guerrilla / Arquivo pessoal |
Consequências da rejeição
Renny diz que os animais que sofrem de alguma deficiência encontram dificuldades em achar um lar: “As pessoas querem um bichinho que fique lindo quietinho em um canto, elas não querem trabalho”.
Em relação ao psicológico desses bichinhos ele menciona o Guerrilha que perdeu uma patinha vítima de um acidente: “Ela ainda tenta usar a patinha para enterrar coisas e cavar, ela não se acostumou em perdê-la, isso é muito difícil”.
Os gatinhos que já nascem com suas deficiências como os irmãozinhos cegos, já não sofrem tanto pois já são adaptados por não conhecer outra vida, diz Renny.
Ele também explica que os que foram feridos e sofreram algum tipo de acidente como o Guerrilla, são muito nervosos e tiveram dificuldade em se adaptar.
No final da entrevista Renny deixa uma mensagem importante pra quem deseja adotar um animal especial: “O tutor de animais especiais tem que estar preparado pra lidar com diversas situações, arcar com gastos e cuidar”.
Ação por amor
Patrícia Monteiro Alves, de 47 anos, é comerciante e tem dez cachorros, mas sem dúvida um é mais do que especial.
Greg é um pinscher que foi tirado da rua para um lar temporário: “Eu fui até o lar apenas para buscar um cachorro que minha tia havia adotado, e ele então pulou no meu colo e me apaixonei por ele”.
Ele não possui o olho esquerdo e com o tempo deixou de enxergar com o direito também.
Patrícia conta que não sabe ao certo sobre a idade do pequeno Greg e nem sobre sua história, mas acredita que ele foi abandonado devido a sua deficiência.
Lidando com as dificuldades
Apesar de não enxergar absolutamente nada, Greg é visivelmente um cachorro muito doce que se adapta perfeitamente a sua condição:” Ele se move muito bem pela casa, nunca precisei mover um banco do lugar”.
Patrícia reforça que para a adoção de animais deficientes é necessário dispor de tempo, pois eles precisam de dedicação.
Outro fator que também é o maior motivo pelo qual poucas pessoas adotam animais com deficiências são os gastos que eles geram: “As pessoas julgam que vão ter mais gastos e elas não querem cuidar nem de animais saudáveis”.
A comerciante afirma que hoje Greg ou como ela gosta de o chamar “meu pretinho saliente”, é um cachorro muito feliz.
Ela também ressalta que animais com algum tipo de limitação precisam e merecem uma oportunidade de adoção: “Eles são seres tão superiores e tem tanto a nos ensinar”.
Com certeza o amor incondicional é um dos aprendizados. E você, tem alguma história sobre superação animal que gostaria de compartilhar, se não, experimente adotar um amiguinho especial e ser especial para ele também.
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