ADOTE UM ANIMAL CEGO: SAIBA COMO CUIDAR DE UM CACHORRO OU GATO COM ESSA DEFICIÊNCIA

Pode parecer muito difícil, mas não é. Saiba algumas dicas que vão te mostrar como pode ser fácil e tranquilo cuidar de um animal deficiente visual

Foto: Hypeness

Mesmo sem a capacidade de enxergar, cães e gatos cegos tem uma capacidade que todos os animais tem: a de amar! Por isso, esses animaizinhos que aguardam tanto tempo nas filas de adoção, podem, assim como todos, trazer muita felicidade para sua família.

Se você acha que é muito complicado cuidar de um pet com essa condição, você está enganado. Pode ser mais simples do que você imagina, mas claro, com necessidades especiais para deixar o bichinho confortável e seguro. 

Antes de falar quais cuidados são necessários, vamos entender os motivos por trás da cegueira.

 

Foto: LoliPet

POR QUE OS ANIMAIS FICAM CEGOS?

Alguns cães e gatos podem nascer com essa deficiência, por condições genéticas, e por isso, vivem a vida adaptada desde sempre. Já outros animais, adquirem a deficiência ao longo da vida, por causa de doenças e velhice, principalmente.

Dentre as algumas das doenças que podem ocasionar a cegueira em cães e gatos estão: glaucoma, diabetes, hipertireoidismo e catarata (essa pode até ter tratamento para recuperar a visão, porém costuma ser muito caro).

 

COMO SABER SE O ANIMAL ESTÁ FICANDO CEGO

No caso dos cães, os sintomas para a cegueira são: dificuldade de enxergar a noite, circulação com menos velocidade, bater nos moveis, presença de secreção em excesso nos olhos e a retina ficar esbranquiçada.

Já os gatos, apresentam quase os mesmos sintomas: esbarram em móveis e paredes, tem dificuldades para pular, andam com mais cautela, ficam mais assustados e tem mais quedas ao pular.

Se achar que seu animal está ficando cego, procure um veterinário para investigar o caso.


Foto: Petz

CUIDADOS EM CASA

Por mais que pareça algo muito triste, os bichinhos se adaptam muito bem. Diferente dos humanos, que tem uma adaptação psicológica além das mudanças na rotina. Claro que o bichinho pode estranhar no começo. Mas, sua adaptação com essa condição pode ser bem rápida.

Caso você queira adotar um bichinho que é deficiente visual ou totalmente cego, não se preocupe, ele vai mapear sua casa em um período que pode variar de dias á meses, mas é comum que em pouco tempo eles já se adaptem.

Caso o novo ambiente de moradia do pet for grande, vá liberando aos poucos o perímetro que ele pode circular, para ele se adaptar gradualmente. 

Mostre cada espaço da casa nova ao cachorro/gato, faça com que ele sinta o cheiro, use o tato e ouça os sons do espaço, para memorizar onde está.

A dica é deixar os móveis e utensílios do bichinho sempre no mesmo lugar, para que ele sempre saiba onde tudo está. Quando trouxer algo novo para sua casa, sempre ‘’mostre’’ para o animal, para que ele cheire e identifique a novidade.

Outra dica é espalhar potinhos de água/ração e os tapetes higiênicos/caixas de areia pela casa, assim, você facilitará a locomoção do animal, que não terá que cruzar a casa toda para realizar algumas necessidades.

 

Foto: reprodução

PREZANDO PELA SEGURANÇA

É sempre bom prevenir acidentes, por isso, muito cuidado com quinas e escadas. Procure impossibilitar a passagem desses animais em lugares onde há chance de queda. Caso tiver piscina, deixe-a tampada quando não estiver em uso.

Além disso, tapetes também são uma ótima dica para evitar deslizes do animal pela casa.

Ao tocar no animalzinho, não chegue sem avisar. Chame-o suavemente ou fale algo, para que ele note sua presença e não se assuste. Se possível, também sempre avise para as pessoas que desejam tocar no animal, de que ele é cego.

Sem acesso à rua: deixar seu animal livre pelas ruas pode causar, quedas, brigas, contaminações e atropelamentos. Para um animal cego esses perigos só aumentam. Por tanto, muito cuidado e sem rotas de fuga em casa.

Foto: reprodução / redes sociais


 PASSEIOS

Ao passear, procure usar guias mais curtas, para que você tenha um controle maior ao guiar o animal. Procure passear por locais onde não tenham muitos obstáculos. Sempre transmita segurança ao bichinho, falando com ele, acariciando (avisando antes).

 Muita atenção com a interação que o animal terá com outros animais na rua. Por não enxergar, ele não sabe quem são os animais, quais comportamentos o outro está tendo. Procure intermediar essas situações sempre proporcionando segurança e tranquilidade para seu pet.

 

Foto: Casey Elise


DIVERSÃO

Ao perder a visão, o animal acaba tendo seus outros sentidos apurados, como a audição, olfato e tato. Por isso, busque utilizar isso para promover uma readaptação ainda melhor e mais fácil para o pet.

Brinquedos com sons são um bom exemplo. Os brinquedinhos com sininhos podem ajudar com que ele identifique onde está o item.

Passe confiança para seu bichinho: Não tenha pena todo tempo do animal, passe confiança, para que ele não se torne inseguro e por isso não consiga se desenvolver e adaptar-se. Ele pode ser independente assim como um animal que não é cego!

 

ACESSÓRIOS QUE AJUDAM

Hoje já existem alguns acessórios que podem ajudar seu animalzinho cego a ter uma vida melhor e com menos choques contra paredes e móveis, por exemplo.

 

Foto: Muffin's Hallo


·         Coleira de anel:  é a adaptação de um arco em volta da cabeça do animal. Presa num colete, ela vai ajudar de forma simples o animal sentir quando há um obstáculo em sua frente, sem a necessidade de colidir-se diretamente.

 

Caso tenha interesse no produto, mas não queira compra-lo, você pode fazer em sua casa. Basta ter uma coleira ou peitoral, acoplar um arco (pode ser bambolê, que em muitos lugares é bem barato). Deve ficar na altura dos olhos ou do tórax do animal, a frente do focinho, de modo que ele sinta o impacto dos obstáculos no arco.

 

Foto: BlinDog

·         Coleira eletrônica: ela emite um som assim que o animal vai se aproximando de um obstáculo, e se intensifica quanto mais próximo ele estiver, assim como um sensor de ré de carro. O preço pode ser um pouco salgado, saindo em média 400 reais.

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